27.5.04|5:13:00 PM
Estava eu cismando com o meu namarido que ele havia escrito uma mensagem em uma lista de discussão e ele teimando comigo que não participava da tal lista. Fui catar a mensagem e vi o nome e o sobrenome dele. Mandei a mensagem para ele dizendo - "viu como foi você". Quando dei uma olhada melhor, a milésima olhada, tive um insight. Não era ele. Era outro ser com o mesmo nome que o dele. Quase um clone ambulante andando por aí pelas listas e emitindo uma opinião que não era a dele.
Céus. Como as pessoas conseguem viver tendo um sobrenome comum? Deveria ser proibido ter um sobrenome que não indicasse de onde você veio e sua árvore genealógica. Seu sobrenome é sua ligação com seus antepassados - é o que diz que você é bisneto do fulano e não do cicrano. Como é que as pessoas conseguem viver sendo chamadas de, sei lá, João da Silva Santos Pereira? Quer dizer, para quer ter tanto sobrenome se nenhum deles é exclusivo de sua família?
Posso estar sendo muito escrota com essa mensagem, mais é que acho o máximo conseguir achar com a maior facilidade do mundo toda a história da minha família tanto por parte de pai, quanto por parte de mãe. Através do sobrenome do meu pai, sei que minha família é de origem espanhola, que veio de tal local da Espanha e que está espalhada pelo nordeste e sudeste do Brasil, no Uruguay e outras localidades da América Latina e que também uma parte ficou na Espanha. Já com o lado da minha mãe, sei que a família está toda concentrada na Itália e no Brasil. Não sei, dá uma sensação de ligação. Se eu tivesse sobrenome comum, ou pior, se só tivesse isso, ia me sentir tão... João ninguém. Por isso que as vezes até entendo as pessoas que tem sobrenome tipo Silva, e põem um nome sei lá, Kleyston, Girlayne, nos filhos. Assim pelo menos o nome prova que você é você e não mais uma das milhões de Marias Josés da Silva que existem por aí.
17.5.04|10:44:00 AM Diários de motocicleta e o ícone pop Se você é humano, você deveria procurar conhecer a história deste que foi definido por Jean Paul Sartre1 como o maior ser humano do século XX. Mas Che Guevara atualmente é um mero ícone. Ícone, por definição, significa uma representação gráfica de algo, seja uma idéia, uma palavra. Mas o consumismo exarcebado que mergulha a sociedade atual numa lama sem fim, fez com que Che virasse apenas um rosto bacana, sem siginificado, eternizado nas mãos do fotográfo Alberto Korda, em 1960. Naquela época, seu rosto e seu olhar representavam muita coisa. O ícone tinha uma ligação direta com a inquietação diante das injustiças sociais da América Latina e quiçá do mundo.
Mas hoje em dia tudo mudou. Che virou um ícone pop de sucesso nos EUA. Nos EUA! Pode algo tão surreal assim existir? O homem que esteve ao lado de Fidel Castro na revolução cubana virou um popstar qualquer para os americanos. Se ao menos a simbologia por trás do ícone vermelho e preto fosse carregada junto...
Mas este filme talvez mude um pouco as coisas. Talvez, através das belas paisagens e do estilo road movie o filme consiga despertar o interesse e trazer à tona as idéias deste revolucionário. Por ser inicialmente um jovem de classe média como tantos outros, talvez a identificação seja imediata. E quem sabe assim, modifiquemos algo dentro de nós?
Porém, nem todos encaram ele como um mero rosto bonito e cool estampado numa camisa ou numa boina. Quando estive num assentamento do MST com o pessoal da faculdade, em meados de 99, soube que uma das coisas que o movimento fazia questão de ter sob controle era a educação das crianças assentadas. Entrei numa sala que servia de escola e vi uma bandeira vermelha estampada com a eterna foto de Che Guevara. Comecei a observar que muitas crianças, adultos, homens e mulheres vestiam blusas com imagens de Che. Para eles, o ícone e ídolo tem um significado. Ainda bem!
1 - Jean Paul Sartre foi um pensador e escritor existencialista francês.
Finalmente vi Kill Bill volume 1. É um filme bem bacana, bem Tarantino. E sendo assim, podemos esperar muita ação, um ótimo roteiro, um estilo bem marcante de narrativa que nos contagia. Mas não considero ele nenhum gênio e menos ainda, considero seus filmes "cult". Para falar a verdade eles não tem nada disso, a meu ver. Ok, adorei a homanagem aos anos 70, seja na música, na velocidade, na arte marcial e no estilo caçada. O final só nos faz ficar mais curiosos. Faço uma confissão:
[início confissão] não irei esperar a estréia nacional do Kill Bill volume 2, irei ver independentemente disso.
[fim confissão/] Aliás, alguém pode me explicar por que demorarm tanto a lançar esse filme aqui, se em todo resto da América Latina haviam lançado antes? Depois dizem que o Brasil é o país mais avançado da América do Sul... Tá, até parece.
Estou lendo O código Da Vinci, de Dan Brown. O livro é espetacular. A narrativa te prende logo de cara, num suspense gostoso, como há muito não se lia. Mas o que realmente fascina no livro é a história por de trás da trama. Não quero estragar, portanto não comentarei abertamente. Mas o livro trata, por exemplo, dos simbolismos pagãos existentes nas pinturas clássicas de diversos pintores. Estes simbolismos pagãos foram, segundo o livro, muito bem pensados. A história gira em torno de duas correntes cristãs: A seita Priorado de Sião, que teoricamente existe desde os tempos de Jesus, da qual fizeram parte Da Vinci, Botticelli, Isaac Newton. Esta seita acreditava que, entre outras coisas, Maria Madalena era um líder e não uma prostituta. E que essa mentira havia sido implantada porque não adimitiam que Jesus teria escolhido uma mulher para ser líder em vez de um homem. A outra corrente, é mais conhecia Opus Dei, mais conhecida pela auto-flagelação a que seus membros se submetem para "ajudar" a eliminar seus pecaos.
Quem sou - Avoada por natureza, taróloga amadora, não dispenso uma boa leitura. Vegetariana por amor aos animais, adoro também ecologia, 'as vezes curto brincar de ser bruxa e sonho em um dia virar uma yoguini exemplar. Signo: Peixes. Ok, ok!! Sou do tipo sonhadora, que ainda acredita (aos trancos e barrancos) num mundo ideal e maravilhoso. Moro: Carioca vivendo em São Paulo Formação: Comunicação social e especialista em Design de interfaces (usabilidade, arquitetura da informação) Profissão: Design de interface Comida: Sou vegetariana. Gosto da culinária chinesa, italiana e brasileira. Bebida: Água, guaraná.